A União despendeu durante o ano de
2016 R$ 7.456.508,96 para custear as internações de 4.185 acidentados de
trânsito no Rio Grande do Sul. A média de R$ 1.781,72 por pessoa refere-se a
sete dias de internação por pessoa, também em média.
O
montante é um cálculo otimista, pois se refere somente a entradas em hospitais
do SUS. Não estão aí computadas as baixas realizadas através de convênios
particulares, corporativos ou mesmo as complementações de diárias, exames,
próteses e outros atendimentos realizados pelo IPE.
Os
números podem ser acessados na página Data SUS, onde é possível conferir que
até agosto desse ano de 2017 foi mantida a tendência numérica, com 2.646
internações, ou 331 baixas em média por mês, contra 349 no ano passado. Embora
a leve redução na média de internações mensais, somente nos primeiros oito
meses do ano esses acidentados custaram ao erário R$ 5.145.765,09, ou uma média
de R$ 1.944,73 por pessoa – 9,15 % a mais do que em 2016. O acréscimo no valor
não é explicado pela média dos dias de internação, que permaneceu em sete
dias/pessoa.
A
análise e a gestão da estatística da saúde cruzada com a estatística de
trânsito compõem um dos cinco pilares da Década de Ação pela Segurança no
Trânsito, lançada pela ONU em 2011. Esse pilar foca no atendimento ao trauma,
na assistência pré-hospitalar e hospitalar e na reabilitação. Os demais quatro
pilares referem-se ao fortalecimento da gestão da segurança no trânsito, à
infraestrutura viária, à segurança dos veículos e ao comportamento dos
usuários.
“Embora
as despesas em dinheiro não sejam nada perto do custo humano envolvido, em
termos de sofrimento, angústia, adaptações dos agora sequelados de volta à
família, à vida social e profissional, elas também precisam ser levadas em
conta. Esses leitos hospitalares ocupados por vítimas de acidentes que em sua
grande maioria poderiam ser evitados são os mesmos leitos que faltam para
vítimas das mais variadas doenças. É mais um daqueles casos em que a prevenção
é muito mais vantajosa do que a recuperação, pois os acidentados muitas vezes
permanecem dependentes de novos cuidados médicos e de recursos públicos para o
resto da vida”, explica o diretor-geral do DetranRS, Ildo Mário Szinvelski.
Fonte: DETRAN/RS
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